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A maioria das empresas são constituídas por membros da mesma família, seja no Brasil ou fora dele. Até aí tudo bem, nenhum problema! Ocorre que a maioria das empresas familiares não estão preparadas para a sucessão do comando da empresa.

Conflitos familiares

Quando o patriarca ou matriarca da família deixa a administração dos negócios em razão do seu falecimento ou até mesmo em decorrência da sua idade avançada, quase sempre o resultado é o mesmo: o início de intensas disputas entre os membros da família pelo controle da empresa e da herança. Isso resulta, quase sempre, na suspensão ou diminuição das atividades empresariais.

Poucas empresas superam a sucessão

Segundo levantamento realizado pela PwC, a cada 100 empresas familiares no Brasil, apenas 30 chegam à segunda geração, 14 à terceira e cerca de 3 conseguem chegar à quarta geração. O estudo deixa claro que as empresas não se preocupam com a implantação de um planejamento sucessório eficiente enquanto o patriarca ou matriarca ainda está nas atividades.

As razões para isso quase sempre são as mesmas:

  • o sucedido tem dificuldade em lidar com a própria mortalidade e adia a decisão de iniciar o planejamento;
  • os herdeiros não têm qualquer interesse em assumir uma posição na empresa;
  • os herdeiros têm interesse, mas não têm competência para gerir o negócio;
  • o escolhido para gerir enfrenta sérias dificuldades em lidar com os outros herdeiros, além de não vislumbrar para si um plano de carreira a curto, médio e longo prazo.

Planejando a minha sucessão

No processo de planejamento da sucessão o patriarca ou matriarca prepara toda sua família para a situação, determina as responsabilidades de cada um nos negócios da família e delega suas funções para os entes mais competentes.

Ou seja, ele(a) organiza em vida como vai se dar a transferência do patrimônio que construiu, prevenindo que imprevistos que podem arruinar seu negócio e garantindo que seu legado seja mantido, bem como a capacidade financeira da família.

Alternativas para o planejamento

A sucessão planejada permite a utilização de várias ferramentas que visam a redução dos custos com a transferência patrimonial e a redução de conflitos familiares. Essas vão desde doação de bens, constituição do testamento, aquisição de seguros, gravação de cláusulas de incomunicabilidade, inalienabilidade e impenhorabilidade sobre os bens, até estruturas mais complexas.

A constituição da holding familiar aparece como uma alternativa mais complexa, mas ela é capaz de centralizar o patrimônio e a gestão dos negócios, investindo os herdeiros de participação no capital social. Isso evita a ocorrência de conflitos, mantém o patrimônio na família, reduz os custos da transferência dos bens e assegura a operação da empresa familiar a todo vapor.

Planejamento para as pequenas e médias empresas

Diferentemente do que a maioria das pessoas imaginam, o planejamento sucessório é ainda mais fundamental para as pequenas e médias empresas já que os custos da sucessão não planejada e os conflitos familiares comprometem o funcionamento de toda a empresa, podendo levar até mesmo ao seu encerramento. Ou seja, a sucessão pode acabar com a unidade produtiva e comprometer a única fonte geradora de renda da família.

Portanto, o planejamento sucessório das empresas familiares é imprescindível para que o processo de transferência do controle dos negócios não impacte na operação, acarretando no mínimo possível de gastos, preservando os bens dentro da própria família, garantindo a continuidade financeira dos herdeiros e mantendo a boa relação entre todos os membros da família.

A LemeVT atua juntamente com as empresas familiares na busca pelas soluções de planejamento que melhor se adequam ao perfil da empresa e da família.