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É impossível imaginar uma empresa sadia que não esteja criando valor para seus acionistas, seus clientes ou para ela própria.

CÁLCULO DO ROI

A métrica mais utilizada no mercado para medir o valor que a empresa está gerando é o ROI (return on investment / retorno sobre investimento). Para calcular o ROI, é necessário levar em consideração o valor investido em determinado projeto e o retorno esperado com ele. Até esse ponto não há grande mistério, já que a maioria dos empresários realiza esse cáculo.

CÁLCULO DO CUSTO CAPITAL

Porém, há um ponto que é negligenciado por alguns diretores financeiros: a importância do cálculo do custo de capital, bem como as vantagens e desvantagens de se utilizar capital de terceiros.

Escolher a estrutura certa de capital é fundamental para conseguir diminuir custos financeiros, aumentar a atratividade da empresa perante o mercado e consequentemente sua competitividade. Por isso, é importante lembrar que o equilíbrio de capitais deixará a empresa mais propensa a alcançar seus objetivos.

Pelo histórico de altas taxas de juros no país, a maioria dos empresários acaba evitando ao máximo buscar recursos de terceiros e prefere usar capital próprio para expansão das atividades da sua empresa. Embora possa parecer mais barato usar esse recurso para expansão, não há como se ter essa certeza sem realizar primeiramente o cálculo do custo de capital.

Além disso, empresas que expandem as operações com capital próprio costumam demorar mais a crescer e dependendo do mercado em que atuam podem ficar prejudicadas pela falta de velocidade no crescimento.

CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS

O custo de capital de terceiros é relativamente simples de se calcular, pois é o custo do recurso que a empresa obtém perante uma instituição financeira.

CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO

Por outro lado, o custo do capital próprio é um pouco mais complexo e normalmente é calculado pelo CAPM (modelo de precificação de ativos, do inglês capital asset pricing model).

A crise pela qual estamos passando fez com que vários emprésarios recorressem aos bancos em busca de financiamentos para renovação do parque fabril para aumento de competividade e principalmente em busca de capital de giro. Contudo, como a situação das empresas não é muito saudável e algumas apresentam dívidas, acabam por não conseguir o capital que estão buscando.

Uma estratégia interessante é utilizar capital de terceiros nos momentos em que a economia está com mais força e o crédito encontra-se mais abundante, deixando as reservas de capital próprio para os momentos de recessão econômica.

Todavia, essa estratégia pode não se aplicar a todas companhias, pois cada empresa tem um modelo ideal de balanceamento entre capital próprio e capital de terceiros e é dever dos controladores buscar sempre atingir esse equilíbrio, tornando assim o custo ponderado de capital mais baixo e aumentando o valor da empresa.

Como não existe uma regra geral para todas as empresas, é extremamente importante que o cálculo do custo de capital próprio e que as cotações com os entes do mercado financeiro ocorram com frequência. Só assim, é possível ter um grau de certeza maior na tomada de decisões.